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1. |
Brejo das Almas
06:27
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Brejo das Almas
O trem passou no ponto outra vez
Os vagões a enrijecer
O vendedor de balas este mês
Com novas balas pra vender
Um ambulante vem me inquerir
"Qual destino escolheu?"
Por uma nota de colibri
Lhe digo qual foi o meu
Antes de chegar
Um berro no ar
Há quem diga
Que na estação o povo não percebe
Quem é melhor
É surpreendente quase toda vez
Os hábitos dos que se vão
Os habitantes falam português
Os estrangeiros arranham
"Não, só falo inglês"
Um meliante vindo do saguão
Seus pés descalços comoveu
A palestrante em trajes de salão
O olhar distante concebeu
Que antes de chegar
Um berro no ar
Há quem diga
Que na estação o povo não difere
Quem é melhor ficar
Há quem siga
As instruções e nos vagões, se desse
Ia coordenar
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2. |
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Para Viver Uma Grande Amor
Eu vi que não cuidei,
Eu vi que não podia mais cuidar
De quem eu mais amava
Quando mais precisava
Agora peço teu perdão
Por tudo o que passou, por tudo o que ficou
Só me resta o teu perdão
E agora, olhando nossa história
Eu vi um homem ser feliz
Juro que um dia eu vi um homem ser feliz
Feito Vinícius
Vou seguir em teu caminho
Pois é meu caminho também
E vou voltar cego de paixão
Eu só lembro que era um sonho em Copacabana
Não lembro estar acordado ou estar dormindo
Quanto mais se bebe aumenta o medo, a desilusão
Eu nunca quis ser calhorda
Quando tu me quis terceiro, eu nunca quis ser o primeiro
Eu nunca quis te mandar embora
E agora, olhando nossa história
Eu vi um homem ser feliz
Juro que um dia eu vi um homem ser feliz
Feito Vinícius
Vou seguir em teu caminho
Pois é meu caminho também
E vou voltar cego de paixão
Não não vás embora
Agora é quando mais, é quando mais preciso
Não não vás embora
Agora é quando mais, é quando mais preciso
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3. |
A Escrava Isaura
03:52
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A Escrava Isaura
Intimamente eu vim lhe dizer abre aspas, eu quero você
mandei mandingas pra mode você me dar carinho sem desmerecer
falei com ela que o sonho é melhor quando se está morto e coberto de pó
Mas vai lá, vê se deixa o sol nascer
pra que serve esse anoitecer
Intimamente você me faz bem, mas me maltrata por eu não ser ninguém
me dá motivos pra eu me entristecer, mas me corrige pois sabes conviver
me faz a pena que faltou a minha dó, o meu compromisso é ser sempre só
Mas vai lá, vê se deixa de crescer
pra que serve se enaltecer
Esse calor tá louco, vê se me deixa um pouco
pois eu já não aguento mais, tu não me deixa em paz
E depois parece que se esquece e vai levando deixando acontecer
E depois percebe que o que se sucede é a vontade de me reconhecer
Numa rua, numa calçada recém inaugurada,
numa escola cheirando a tinta de nova empreitada
ou por hora diz passar fome com gorda mesada
de esmola, que dá pouco, só tão pouco
Então cadê você, que me deixou assim, sozinho pra morrer, inútil até o fim
Cadê vossa mercê? Que me expulsou de mim, me resguardando
deixei transparecer, ousei lhe recorrer, parei de lhe escrever, pra não retroceder
Quando vais me dizer? Cadê meu querubim? Passou por onde vim
e nem parou
não reparou
me ignorou
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4. |
Guesa Errante
04:13
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Guesa Errante
Vou Queimar todos os seus livros
Même si je suis ivre, je ne les aime pas
Outra vez parti sem deixar vestígios
Você vê o nada, o nada não existe
Hurry Up, please it's time!
Quis andar com meus pés esquerdos
No passo errante o estrago é cedo
Outra vez vou queimar meu rastros
Fugindo agora pra não lembrar os fatos
Hurry up, please it's time!
Hurry up, please it's time!
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5. |
Mar Morto
04:48
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Mar Morto
Por todo o mar eu vou te procurar
Iemanjá criou um amor profundo
E pôs num mundo pra ninguém achar
Choro pro mar, porque levaste o meu querer
Naquela noite eu não sabia o que esperar
Direto das profundezas
Hoje a lua chora ao meu penar
Ao meu amor, meu bem-querer
E agora eu vou sem rumo a me perder
Vem cá, porque criaste assim um amor tão profundo pra esconder
No mar, que o teu desejo sempre foi só o meu desejo de cantar
Sei lá, que tá me dando uma vontade te afogar em sua lua
Minha paixão e o meu coração
Vem cá, porque criaste assim um amor tão profundo pra esconder
No mar, que o teu desejo sempre foi só o meu desejo de cantar
Sei lá, que tá me dando uma vontade de te afogar em sua lua
Minha paixão e o meu coração
"Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer"
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6. |
Dom Casmurro
05:45
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Dom Casmurro
Me sento no recinto que há pouco me humilhou
Um pouco de absinto e logo a dor passou
Pra quem tiver memórias de nós dois, que as deixem pra depois
Que por hoje eu não intento me reabilitar, tão pouco levantar
E nunca mais me deixe só, algo descente ou melhor, algo pra se concretizar
Algo pra se gabar
E nunca mais me deixe ser alguém pra se transparecer
Num gesto simples, num olhar
Tão certo a conquistar
Então, não me diga não
Mas me fez bem um pouco de esforço
Algo aquém, mais um alvoroço
Mas me fez bem um pouco de esforço
Algo aquém
Meu bem não se impressione, não quis lhe fazer mal
Você que se questione, pra mim isso é normal
E se quiser tentar apaziguar, comece a relaxar
Que por hoje eu não intento lhe reabilitar, tão pouco levantar
E nunca mais lhe deixo só, algo decente ou melhor, algo pra se concretizar
Algo pra se gabar
E nunca mais lhe deixo ser, alguém pra se transparecer
Num gesto simples, num olhar
Tão certo a conquistar
Pois não, eu lhe digo não
Mas lhe fez bem um pouco de esforço
Algo aquém, mais um alvoroço
Mas lhe fez bem um pouco de esforço
Algo aquém
Mais um alvoroço
O pouco que estive presente com vocês dois
A uma conclusão óbvia eu pude chegar
Ou o senhorio está completamente enganado,
Ou a senhorita foi de fato extremamente leviana
E é de certo que numa relação a dois
Certos impasses podem vir a atrapalhar
E os rumos da mesma se confundam
Entre sublime e vergonhoso
Mas o que importa ao final, não reside em méritos
E afoitos, mas no nó peito que abafa o coração
E nunca mais se deixem só
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7. |
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Carta A Minha Filha Em Prantos
Quero que você
Perceba o quão feio que é tratar tão mal assim
Meu coracãozinho
Sempre a te esperar no ballet com passo de marfim
Nem te vi crescer
Saindo com seu salto alto, pronta para os bailes com
Seu namoradinho
Veio e te tomou de assalto e escureceu a cor do seu batom
Você me deixa com o pé na cova
Hoje vou partir
Agora o nosso sol se pôs e resta esperar o fim
E vê se te cuida
Foi ótimo te conhecer
Levo um suvenir
E o meu fardo é perecer sobre um pedaco de cetim
Já anoiteceu
Nessa historia de nós dois, quem me dera as balas fossem de festim
Você me deixa com o pé na cova
Quando me olha assim
Aos prantos
Mas não me queixo
A vida que tive foi assim
A vida que tivemos foi assim
Aos prantos
Junta o pranto
Do seu colo
Feito pra mim
Com seu manto
De bordado
E antes do fim
Não olha
Pra mim
Aos prantos
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Lupe de Lupe Belo Horizonte, Brazil
Gustavo, Jonathan, Renan e Vitor são uma banda de loud-rock ou noise-pop ou punk experimental de Belo Horizonte. O grupo faz parte do movimento "Geração Perdida de Minas Gerais".
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